Regina Célia é escritora, formada em Letras, membro da AMULMIG _ Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, autora dos Livros Gangorra e Ad versos, alem de crônicas publicadas em jornais e em posts.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Nas Entrelinhas 1


A Conferencia da ONU estende-se por horas  fazendo buracos n¨água... Planeta sustentável, viva a natureza, preserve o meio ambiente... Toneladas de papel para se escrever sobre isso e mais árvores sendo derrubadas para fazer o papel que se consome ao se pensar na preservação ambiental.

A Rio +20 estuda alternativas que foram apresentadas na ECO 92 e que também não saíram do papel. Mais do mesmo!

Pesquisas indicam que para se produzir uma tonelada de papel (cerca de dez mil jornais nos quais se publicam, diariamente, as notícias da conferência) são necessárias de 10 a 20 árvores de tamanho médio... Haja árvore para ser derrubada!

Meu quarto é um bom lugar pra ler um livro... e tudo me divide! Meus olhos cansados e fragilizados me lembram que a idade impõe algumas limitações (capricho da mãe natureza) e a leitura é adiada.

É preciso que as letras sejam maiores, mas isso gastaria mais papel e mais árvores teriam que ser derrubadas para satisfazer às necessidades de uma leitura mais confortável . Por enquanto, basta o dia frio.

Um dia frio. Um bom lugar pra ler um livro... Esse tem sido um dos meus desejos nos últimos tempos! O primeiro dia do inverno foi quente, mas para não aprofundar no assunto valho-me das máximas típicas de nossos avós: enquanto o homem não respeitar a natureza, sofrerá as conseqüências de sua ira. Aquecimento global.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Quero de Novo Cantar


Botei reparos em uma fotografia na qual meus olhos transmitem uma tristeza sem pedigree, como a tristeza de Adélia Prado. De onde viria aquela sombra? Por certo eu cuidava da vida antes que a morte ou coisa parecida viesse a arrastar-me, como magnificamente cantou Belchior em Na Hora do almoço.

Deixo que a  fotografia marque a página do Livro de Neruda que já li diversas vezes e vou-me embora meio que triste. O poeta chileno (universal) me antecipara:"Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.” 

Noticias tristes se amontoam nos telejornais. O vizinho triste ouve uma canção muito triste, do Renato Russo,  também e vem de repente um anjo triste perto de mim...Tiro um CD da pilha e o coloco no aparelho de som . quero um samba! Uma bênção! Afinal, “ É melhor ser alegre que ser triste”, mas o poetinha atrevido, Vinicius de Morais,faz uma elegia à tristeza (des)necessária de cada dia: “Mas pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza...”

Gente, o sol ta lindo lá fora, propicio à uma bela leitura dos poemas de meu amado  Quintana! “Eu escrevi um poema triste e belo, apenas da sua tristeza.”

Quer saber? Ta Na Hora do almoço! (Ainda sou bem moço pra tanta tristeza!)