Regina Célia é escritora, formada em Letras, membro da AMULMIG _ Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, autora dos Livros Gangorra e Ad versos, alem de crônicas publicadas em jornais e em posts.

sábado, 4 de agosto de 2012

Belinha


Belinha chegou com seu companheiro para passar algumas horas conosco. Somente o tempo de sua nova dona cumprir a jornada de trabalho e ir-se embora. Chegada a hora, a nova dona partiu levando apenas o companheiro de Belinha, deixando-a para que um parente a buscasse posteriormente. Mas esse dia não chegou.

Quando percebemos já estávamos todos envolvidos por aquele ser peludo e carinhoso.

Uma linda convivência que durou anos! Belinha enfeitava a janela, apossava-se das poltronas, rosnava para qualquer estranho que ousasse dirigir-lhe um olhar desafiador ou roubar-lhe a companhia

Belinha ia ao salão de beleza, vestia roupas de acordo com a época, era cuidada pelas doces vizinhas nos finais de semana e procurava a saudade nas paredes da casa de pau-a-pique.

Um dia foi morar com a Felicidade, arrumou um namorado, teve filhotes...

Um dia Belinha se foi.

Deixou seu carinho gravado em nossa memória. Sua existência na tela pintada por Leco. Sua presença ainda muito viva no meu coração.

Um comentário:

  1. Seus textos como sempre me levam a refletir sobre a vida Mami...
    Desculpe-me a comparação viu, mas as vezes (muitas vezes!) um animal é mais doce, fiel e companheiro do que um ser humano, neh? Claro, não viveriamos sem termos uns aos outros, mas sem cachorrinhos assim como a Belinha, aaah, não haveria nem razão pra existir! Que Deus a dê um bom lugar!v Abração Regina!

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