Regina Célia é escritora, formada em Letras, membro da AMULMIG _ Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, autora dos Livros Gangorra e Ad versos, alem de crônicas publicadas em jornais e em posts.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Quem procura...
Quem perde o trem se entristece e faz triste os que o aguardam. Quem perde a felicidade, mais que aquele que perdeu o trem fica triste. Quem perde a cabeça faz besteira, inevitavelmente. Entristece-se quem perde o emprego, quem perde o amor, quem perde dinheiro, quem perde a vontade de viver... Perder quase sempre é sinônimo de tristeza para si e para os que amam o perdido ou o perdedor.
Amar o perdido deixa confundido o meu coração também Drummond! E no olho do furacão rodopio vertiginosamente, tremo de frio, tremo de medo e choro sem tristeza.
Se eu perder os dentes, não sorrio mais. Juro!
Se eu tivesse felicidade a ponto de perdê-la, acho que diria que a estava partilhando. Se eu perdesse alguns quilos... Não. Se eu perdesse algumas arrobas acho que ninguém veria tristeza no meu rosto por esse motivo.
Procuro um amor que não perdi, a felicidade que ainda não alcancei, o caminho que não foi perdido porque nem sei se existe... Não perdi o trem, não sou trem (mas ando nos trilhos), já perdi a cabeça (e fiz besteiras) várias vezes e ainda assim não me perdi. Continuo procurando. Procurar e não encontrar é passível de penalização e o agravante é que mesmo não tendo me perdido, não fui encontrada...
O pior mesmo foi descobrir que as mulheres perdidas é que são as mais procuradas!!!
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acho que é melhor a gente se perder ... temos mais chances de sermos encontradas kkkk
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