Uma pequena viagem pela
história , um mergulho na poesia, um momento de sonhos... Um convite. Vem
comigo?
A cidade real de Pasárgada foi
fundada pelo rei Ciro quase quinhentos anos antes de Cristo, para ser uma das
capitais do Império Persa. Em 530
a. C., o Império Persa se estendia do Mar Mediterrâneo
oriental até o Rio Indo (rio que corta a atual China, Índia e Paquistão na
Ásia). Para se ter uma idéia da extensão
territorial do Império Persa,conquistado pelo rei, Ciro, compreende os seguintes países atuais: Irã,
Iraque, Síria, Líbano, Jordânia, Israel, Egito, Turquia, Kuwait, Afeganistão,
parte do Paquistão, parte da Grécia e da Líbia.
A cidade de Pasárgada era um
dos domicílios oficiais do rei e significa “Campo dos Persas, um local de
descanso do guerreiro, um lugar bonito e agradável de se viver.
Manuel Bandeira provoca-nos
com o poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, que constituiu um “arroto” poético,
uma fuga para um lugar distante e seguro, prazeroso e cômodo e que sendo “amigo
do rei” não abdicaria da efetiva receptividade e comprometimento do governante.
Todos queremos um paraíso de
delicias no qual possamos usufruir
apenas de bons momentos, um lugar que, tal qual o poeta, quando estivermos
tristes, mas tristes de não ter jeito! Quando de noite nos der vontade de nos
matar,possamos nos apegar à idéia de que somos amigos do governante, o qual
tudo fará para que estejamos bem.
E é nesse estágio de
contemplação, de letargia, de descrença real que vive quase todo país hoje.
Submersos e submisso no chamado período eleitoral, sonhamos com um lugar bom de se viver, um lugar que nos
proporcione comodidade, segurança e prazer... Que tenha um
governante amigo da população, alguém que emane do povo e conheça as
mazelas de seu povo.
Quimeras? Talvez.
Por uma possibilidade de
sonho, por uma possibilidade real que faça de nossa terra um jardim de
delicias, uma nova Pasárgas! É pra lá que eu vou.
Agosto/2012
Agosto/2012
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