Eu conheço um homem
que é capaz de transformar sucatas em belíssimos adornos e utilidades.
De ferros retorcidos ele faz móveis,
luminárias, vasos, troféus, molduras, relógios, coqueiros, pássaros,
borboletgas, souvenirs... O ferro oxidado brilha ao seu toque e o metal
brilhante se enferruja com suas pinceladas.
Eu conheço um homem, operário aposentado, que fez de sua
busca uma arte e de seu talento uma alquimia. Ao seu toque, nada fica da mesma
forma.
Seus trabalhos como artesão já ganharam o mundo e sua
simplicidade o torna único.
Eu conheço um homem que transfere para a aspereza do
descartável a singeleza de seus sonhos de liberdade, a expressão de seus
desejos...
Gilberto Antonio de Paula fez de Barão de Cocais a sua
terra. Aqui ele é de casa, mas diz o ditado que
Sano de casa não faz milagres! Ele faz. Eu acho.
Guerreiros medievais fazem a sentinela de sua obra, anjos
trombetam a anunciação e o homem, que clama por liberdade, transforma gaiolas
em luminárias na tentativa vã de aprisionar a luz. Porém mantém as portas
abertas.
Set/2012
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