Um espelho na
parede parece convidar a novos desafios. Esse espelho refletiu um rosto que o
meu contemplava mas que não me
pertencia. Quem seria aquela figura estranha a me olhar de maneira penetrante, mas sem a vivacidade
que me acompanha? A maquiagem, muito bem feita, disfarça linhas, rugas e poros abertos, mas a tez não
corresponde ao olhar, que vez ou outra pisca soluçando.
Um grito de
criança faz-me virar para o lado e
quando volto a olhar o espelho aquele rosto já não se encontrava emoldurado na
parede.
Esse momento de
íntima visão encabulou-me sobremaneira.A
pergunta que me acompanha há quatro décadas ecoa novamente: Quem sou eu na verdade? Seria eu a que me
vejo ou a que se viu? O olhar que me acompanha é o que vê e brilha ou o que permanece inerte no espelho
emoldurado? Onde eu me perdi entre o que olha e o que vê?Um sorriso que não
esbocei se exibe no espelho como um aceno.
O facebook é uma excelente ferramenta cultural. Jamis pensaria em encontrar um bau de textos tao bem escritos se nao fosse o face. Parabéns!
ResponderExcluirLuderson Queiroz
Adorei o texto, parabéns
ResponderExcluirFilosofia, psicologia e adestramento de palavras! Parabéns pelo excelente texto!
ResponderExcluirSonia Freitas
Quem sou eu? Também nao tenho a resposta que o espelho insiste em me negar...
ResponderExcluirPerguntas que tememos fazer ao olhar em nossos olhos! Fechou, Regina! Parabéns.
Cleusa Andrade
Onde nos perdemos? Vai saber! Enquanto ha busca, ha poesia...bjo grde. Adorei o texto.
ResponderExcluirsaudades de vc, moça!
Grde abraço.
Provavelmente o grito de criança que fez voce se distrair diante do espelho é a criança que vc traz dentro de si e sussurra doces palavras em seu ofício de nos fazer refletir , sorrir e sonhar. Excelente texto!
ResponderExcluirFlavio Antoneli