Regina Célia é escritora, formada em Letras, membro da AMULMIG _ Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, autora dos Livros Gangorra e Ad versos, alem de crônicas publicadas em jornais e em posts.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Enquanto a Caravana Passa...
Sinto o bafo dos que pensam insultar-me ao me acusarem de tola e viro o rosto, não para nova baforada como faria Jesus, mas para não aspirar o hálito mal cheiroso que emana dos que não crêem nas pessoas. Eu creio.
Espreito esquinas de onde surgem olhares esquivados sobre a vida alheia. Passo reto. Indiferente àqueles que já vi, mas finjo que não. Metida! (Sussuram)
Sensibilizo-me com o cãozinho atropelado, com a criança que calça dois pés diferentes de chinelo, com a tremura dos joelhos do velho que teme atravessar a rua na passagem de pedestres... Falo sozinha, rio de mim mesma e ralho com alguns de meus pensamentos abusados!Chamam-me ridícula por isso.
E eu acho a palavra ridícula perfeita!
É ridículo, deveras, verter lágrimas por coisinhas tão bobas! É ridículo amar! Ser feliz, então, é mais que ridículo, mas a palavra “ridículo” é tão perfeita que não carece de mais nada para se fazer entender. Assim, todos querem o ridículo, mas temem o ridículo e dizem que é ridículo o ridículo...
Enquanto isso, vou a passos lentos, tolamente sorrindo, às vezes chorando,. Ridiculamente sonhando e na peleja para me manter tola , metida e ridicula. Mas prenhe da certeza de ser bem diferente, ou seja, indiferente aos cães que ladram.
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Nao sei usar blog e nao sei se meu comentario vai ser publicado, mas vocè é suuuuuuuuupeeeeeeeeerrrrrrrrrrrrrrr!
ResponderExcluirCaraca! Oh vontade de escrever bem assim, viu?
Parabens
Paulo Cesar M. de Moura
" (...) Ridiculamente sonhando e na peleja para me manter tola , metida e ridicula." Parece que isso foi escrito pra mim. Suas palavras carregadas de cotidiano emocionam e tocam lááááááá no fundinho... Seu blog me encantou !
ResponderExcluirLarissa Moraes